domingo, 5 de setembro de 2010

A descolonização da África


    Se por um lado, estas rivalidades facilitavam a subordinação política e econômica dos povos africanos, por outro produziam tensões que transformariam a África em um verdadeiro barril de pólvora. Cerca de 800 etnias, falando mais de mil idiomas, convivem no continente africano.
    Um dos primeiros movimentos de libertação da África foi o pan-africanismo, surgido no final do século XIX(19). O pan-africanismo defendia a união dos povos africanos como forma de fortalecer o continente no contexto internacional. O movimento, popular entre as diversas etnias locais, contribuiu para a criação da Organização para a Unidade Africana, em 1963.
    Lideranças do movimento negro, como George Padmore, natural de Trinidad, estiveram à frente da luta pela independência. Durante o V Congresso Pan-Africano, em Manchester, Padmore conseguiu aprovar um manifesto que proclamava, com orgulho: “Resolvemos ser livres. Povos colonizados e subjugados do mundo, uni-vos”.
    Ao fim da Segunda Guerra Mundial, no contexto da Guerra Fria, os movimentos de independência afro-asiáticos ganharam impulso. As potências coloniais enfrentavam sérias dificuldades econômicas, o que inviabilizava a manutenção dos territórios coloniais.
    A iniciativa das colônias inglesas partiu da metrópole. O poder passaria para as mãos de um líder africano escolhido por um representante do governo inglês que, em troca, preservaria os interesses da antiga metrópole no país. Esse acordo acirrou as disputas étnicas na região.

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