domingo, 5 de setembro de 2010

Argélia

A Batalha de Argel

  A guerra da Argélia, iniciada na década de 1950, mobilizou a opinião internacional em favor dos movimentos de independência, tamanha foi a violência que marcou o conflito entre argelinos e o governo francês.
    O movimento da libertação da Argélia teve inicio em 1954, com a criação da Frente de Libertação Nacional (FLN), orientando-se, desde o princípio, a favor da luta armada. O caráter bélico proposto pela FLN uniu camponeses e guerrilheiros urbanos; juntos, os dois segmentos promoveram uma série de atentados no território argelino. As palavras de ordem eram independência e construção da identidade nacional.
    A FLN conseguiu reunir organizações nacionalistas, camponeses e grupos urbanos. Os franceses demoram cerca de um ano par tomar consciência da gravidade da situação política da colônia. No ano de 1957, uma forte repressão nos centros urbanos, movida pelo exército francês, provocou inúmeras mortes. Esses acontecimentos ficaram conhecidos como a Batalha de Argel.
    Num plebiscito realizado no ano de 1961, na França, o general De Gaulle obteve carta branca para iniciar conversações com os argelinos em busca de paz e da criação do Estado independente da Argélia. No ano seguinte, a França reconhecia a independência da Argélia, pondo fim a guerra que deixou um saldo de quase 1 milhão de mortos.
    Mesmo depois da independência a Argélia não se desenvolveu economicamente, apesar de seu crescimento industrial, impulsionado principalmente pelos investimentos do bloco socialista na indústria pesada do país, a falta de empregos e a má distribuição das terras continuaram sendo problemas cruciais para o governo argelino.
    Temendo a explosão de uma revolução de caráter socialista, o governo da FLN passou a estimular a islamização do país.
     A religião foi a saída para amenizar os conflitos sociais e enfraquecer as lutas pela reforma agrária e por justiça social.

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