domingo, 5 de setembro de 2010

A partilha da Índia

Divisão da Índia após 1947

   No período posterior a Segunda Guerra Mundial, a idéia da divisão da Índia ganhou  força graças à importante participação das tropas mulçumanas no exército britânico. A minoria islâmica, temendo o domínio total dos hindus na política indiana, passou a reivindicar um Estado independente. A idéia de formar um Estado islâmico passou a fazer parte da luta dos mulçumanos, e se concretizou com a formação do Paquistão Ocidental e Oriental (este último se tornaria um Estado independente em 1971, com o nome de Bangladesh).
    O governo inglês tomou a iniciativa de nomear um funcionário britânico para negociar com representantes indianos a transição pacífica do domínio colonial. Porém, ao mesmo tempo em que a notícia animava os indianos, estimulava conflitos internos violentos entre grupos religiosos e facções rivais. Estima-se que um milhão de pessoas morreu nesses conflitos, que duraram cerca de um ano.
    Essa situação de guerra interna convenceu os principais líderes, a aceitarem a partilha da Índia, uma vez que ficava clara a dificuldade de hindus e mulçumanos conviverem num mesmo país. Por ironia, no dia da independência, 17 de agosto de 1974, no mesmo momento em que a Índia conquistava sua autonomia, sua unidade política se desfazia. Um ano depois Gandhi foi assassinado por um nacionalista hindu fanático, incorfomado com sua defesa de cessão de parte do tesouro indiano ao Paquistão.
     Ainda hoje, conflitos de origem religiosa e política continuaram provocando inúmeras mortes no sul da Ásia.

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